Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de 2018

Onde tudo pára para um chá

Torno-me repetitivo quando digo que a vida acontece quando não a planeamos. Quando deixamos que as forças que controlam o Universo – de alguma forma – nos fazem viver momentos inesquecíveis. As viagens são uma terapia, uma escola e um fortalecer de laços quando as realizamos com as melhores pessoas que podemos fazê-lo. Para esta história escolhi duas pessoas muito próximas a mim. Duas das melhores amigas que a vida me pode trazer e tornar-me um sortudo por vivenciar das melhores experiências com elas. Se com uma sonhava desde sempre conhecer o destino desta viagem; com a outra prometia-lhe as maiores loucuras que alguma vez se poderá fazer. E assim foi: juntando os sonhos e as loucuras na mesma bagagem, o resultado superou as expectativas do esperado. Londres foi a primeira de muitas viagens com ambas escolhida. Rapidamente, tornou-se a capital dos sonhos e loucuras, do amor e do carinho que nutro por elas e, também, de certezas. A cidade convenceu-nos a prometer-nos a nó

O Primeiro do Portunhol

 Encontramo-nos, todos os dias, em constante aprendizagem. Estejamos no nosso país ou num noutro qualquer. Considero que neste momento, encontro-me em aprendizagem em cima de uma ponte. Essa ponte liga-me entre dois países – que ainda que vizinhos - são muito diferentes…  Sinto um orgulho enorme do meu país natal – Portugal – contudo, existe algo que me liga aos nuestros hermanos e me faz sentir um pouco cosmopolita.  Aqui, em Espanha, aprendo que todos os dias são feitos de chegadas e partidas, inícios e fins, sorrisos e lágrimas. Sou um orgulhoso portuense que criou um afeto enorme ao paraíso santiaguense em que me encontro. Durante o dia, na rua, sou um espanhol e à noite, em casa, sou um português.  Tento fazer um ponto de ligação com estas duas grandes nacionalidades, porém existem momentos de conflito em que necessito de encontrar um equilíbrio no “portunhol” que existe em mim.  Tive a sorte de encontrar os pesos certos que coloque a minha balança equilibrada. E

o aMoR tRansfoRMa-se

[Encontro-me, novamente, a escrever acerca das pessoas da minha vida. Às minhas pessoas: M e R.] Cada vez mais me sinto grato por conhecer as pessoas que conheço. Não o sinto desde agora, mas a certeza de que a gratificação que sinto ao conhecer as histórias das minhas pessoas, dos meus amigos, dos meus companheiros de vida é extraordinária.                  Esta história passa-se com dois amigos meus. Duas almas que me encontraram e eu não as vou largar tão cedo. Criam-se laços e histórias, sorrisos e lágrimas e é desta forma que lhes guardo um pedacinho daquilo que escrevo.                 De tudo o que consigo reter da história de ambos é que o Amor se transforma. O Amor permanece e reflete-se através de variadas perspetivas e formas. Ainda há uns dias, me encontrara com eles e falávamos todos naquilo que foi a história deles. Engraçado como no exato momento em que a conversa se desenrolava, eu já me imaginara a escrever um dia acerca disto. A vontade era tanta e o car

O rebento

 Conto com algumas pessoas na minha vida. Conto com os orgulhos que me dão, com os sorrisos, com as alegrias. Ela é sem duvida um dos orgulhos mais bem guardados na minha vida... mas também no meu coração.   Existem aquelas amizades improváveis de acontecer, mas algo estava destinado. Algo ou alguém superior assim quis juntá-la aos meus melhores amigos, à lista dos meus maiores orgulhos, ao grupo daqueles que de alguma forma me pertencem e eu lhes pertenço de igual forma.  Ela é genial. É dedicada. É a alegria de um raio de sol num dia chuvoso. É um rebento ainda por brotar... Um dia, ela irá dar origem a uma bela flor. Tem tudo para ter as pétalas mais brilhantes, as raízes bem seguras e com o vento, ela irá baloiçar e mostrar ao Mundo de que é feita.   Tenho com ela muito cuidado. Pois, os medos que lhe guardo são do tamanho dos orgulhos que ela me dá e não torna-se inevitável o quanto agradecido estou ao Mundo por a ter a meu lado.  É uma sintonia inacreditável quan

Como se esquece alguém que nos trai?

 A questão parte de um simples facto: traição. Mas o que devemos fazer quando isso nos acontece? Quando vivenciamos algo que nunca imaginamos, por nunca haver indícios?   Insistimos tanto no esquecimento de alguém que acabamos por cair no erro de a relembrarmos sempre. Todos os dias, a toda a hora.   Miguel Esteves Cardoso escreveu acerca de “Como esquecer alguém que amamos”, mas como fazemos para esquecer alguém que nos trai?   A resposta não é fácil. Ou até é... Não esquecemos, não perdoamos, não ultrapassamos à mesma velocidade que gostaríamos de esquecer, perdoar e ultrapassar. O maior obstáculo instala-se mesmo em frente de nós - o medo de confiar instala-se e por uns bons tempos.   “Quem é que ele pensa que ele é?” é a questão retórica que se impõe; ou então, “Como é que ele foi capaz?” que nos obriga a vivenciar as palavras, os locais, as pessoas. Enfim, a dor.   Existe só um pedido que devemos fazer a quem nos trai: Deixa-me ir. Sim, devemos ser humildes

Sweet, sugar, candy girl

 O amor que sinto por ti é inexplicável e impossível de se demonstrar na sua plenitude. Existe sim, uma grande forma de tentar demonstrar aquilo que há 13 anos nutro por ti, estando presente a cada dia que passa desde o teu nascimento. És um orgulho que me enche a alma, um abraço reconfortante, um sorriso que derrete o meu coração, um amor para a vida.   Desde o primeiro pontapé até à primeira briga, vou-te sempre proteger seja em qual momento for. As palavras esgotam-se tal como a minha paciência para ti e as parvalheiras da adolescência que, neste momento, estás a viver mas ainda assim: eu sei-o e tu certamente sabes que se haverá alguém que permanecerá no mesmo sítio com um sorriso e um abraço, bem como um sermão e uma lágrima, essa pessoa sou eu.  A minha baby girl está a ficar enorme e são nestes dias especiais que me encho de certezas, orgulhos e sorrisos e digo que o amor é mesmo o sentimento mais precioso do Universo, uma força assombrosa que nos desfaz aos bocadinho

Voltaste

 Eu sempre te disse que íamos voltar. De uma forma ou de outra... íamos.   Escrevia-te vezes e vezes sem conta, mas nunca tivera a coragem de clicar no “enviar”. Mas nesse dia foi diferente... Acordei com coragem e tomei a atitude que há já muito tempo queria tomar!   Eu sei que não estamos bem em toda a sua plenitude, contudo estamos. Ou melhor, tomamos um passo para estar a partir do momento em que me respondeste aos meus pensamentos escritos.   Sabia que iria ter uma resposta do teu lado. Sabia porque o que tínhamos permitia isso... Permitia-me sentir a segurança de que iria obter um eco ao meu grito de ajuda! Tu eras o melhor “guarda-costas” de todos. Agora que penso nisso, eras o melhor em muito mais coisas. Eras o melhor conselheiro, o melhor ouvinte, o melhor abraço, o melhor amigo que alguém na vida poderá ter.   Se há uns meses pensava que te tinha perdido, creio que - voltei - a reencontrar-te. Desculpa a redundância da frase anterior, até mesmo da dicotomia

Arrumações

 Hoje, foi um dia de arrumações.  Estive a organizar tudo. Desde roupas até recordações… Escusado será dizer que apareceram algumas tuas. As roupas e recordações. Parece que umas estão anexadas a outras e vice-versa.  Deixaste cá umas camisolas amarrotadas e uns bilhetes, independentemente do que via só conseguira observar algo… Ou melhor, alguém: tu.  Volta e meia apareces, não fisicamente. Isso seria demasiado doloroso! Mas, apareces. De uma forma ou de outra… E acabas, sempre, por dar uma volta e ir embora.  Sabes que as camisolas ainda conservam o teu cheiro? E o teu perfume também parece que paira no ar. Principalmente, no meu quarto. Existem noites em que acordo e parece que ainda te sinto a dormir ao meu lado, na minha cama e os lençóis cheiram a ti. A recordações boas, mas tristes. Sinto saudades de quando cá vinhas, partilhávamos o meu quarto e a minha cama era o sítio ideal para as melhores conversas e promessas. As melhores… Nós éramos os melhores, porque aca