Torno-me repetitivo quando digo
que a vida acontece quando não a planeamos. Quando deixamos que as forças que
controlam o Universo – de alguma forma – nos fazem viver momentos inesquecíveis.
As viagens são uma terapia, uma escola e um fortalecer de laços quando as
realizamos com as melhores pessoas que podemos fazê-lo.
Para esta história escolhi duas pessoas
muito próximas a mim. Duas das melhores amigas que a vida me pode trazer e
tornar-me um sortudo por vivenciar das melhores experiências com elas.
Se com uma sonhava desde sempre conhecer
o destino desta viagem; com a outra prometia-lhe as maiores loucuras que alguma
vez se poderá fazer. E assim foi: juntando os sonhos e as loucuras na mesma
bagagem, o resultado superou as expectativas do esperado.
Londres foi a primeira de muitas
viagens com ambas escolhida. Rapidamente, tornou-se a capital dos sonhos e
loucuras, do amor e do carinho que nutro por elas e, também, de certezas. A
cidade convenceu-nos a prometer-nos a nós mesmos que teríamos que voltar. Em
cada esquina, descobre-se um novo encanto. Há sempre algo a acontecer. Uma
correria imensa nas horas de ponta e um sentimento de pertença em cada local que
se visite.
Tudo se torna familiar e
acolhedor quando realizamos um dos sonhos das nossas vidas. Este era um dos meus!
Quer dizer, metade de um… pois, a outra parte ainda se vai realizar. Existe um
brilho que só aquela cidade me oferece. Uma inspiração imensa para traçar ainda
mais objetivos e uma força enorme para os concretizar.
A história começa com um telefonema
súbito, em que em jeito de brincadeira a tal amiga que prometera as maiores
loucuras – a Marta – me alicia com o desejo de viajar até lá. O útil junta-se
ao agradável, quando a sonhadora – a eterna Natas
– se alia à loucura inicial instaurada. Viagem marcada, mala feita, ânsia total
para que o grande dia chegasse e eis que chega!
Só eu e elas que partilharam
comigo esta magnífica experiência sabem o que isto significou para mim. O
brilho dos meus olhos ao ver Piccadilly
Circus, o sorriso de orelha a orelha a caminhar por Oxford Street ou até mesmo, as pernas que tremelicavam ao caminhar
pela Tower Bridge fizeram com que
esta viagem se tornasse intensa. A vontade de ali ficar por um bom tempo
aumentava a cada segundo.
Uma cidade que tudo pára para
beber um chá ganhou um outro impacto na minha vida. Tudo se tornou real, quando
o que sonhava há uns bons anos estava fisicamente presente na realidade que
pintava na minha mente.
Absorvi tudo o que a cidade me
poderia oferecer e trouxe comigo as melhores memórias que um dia irei recordar.
Uma viagem que sem sombra de dúvida jamais irei esquecer! Mas lá está: tudo
ganha um enorme ênfase quando o partilhamos com alguém que amamos de verdade.
Eu amo estes dois seres de uma forma muito peculiar, amo-as como se da minha
família se tratassem e no fundo é isso mesmo que elas são para mim: Família.
Fico feliz por trazer na bagagem
todos os sonhos, loucuras, sorrisos e lágrimas que Londres me ofereceu. Fico
ainda mais grato por conseguir vivenciá-lo com as companheiras certas.
Depois disto tudo, sei que o pôr-do-sol
não irá ser o mesmo que vi através do London
Eye, que o frio que sinto não irá ser o mesmo que por lá senti, que o ritmo
frenético que observo nas duas cidades que partilham – para mim – o significado
de Casa não será o mesmo ao qual vivi nas grandes praças e ruas londrinas e
que, sobretudo, a visão do Mundo que guardava há uns dias sofreu enormes
mutações… e diga-se que, na minha opinião, o Mundo está cada vez mais a
tornar-se mais pequeno.
Portanto, distâncias à parte,
desejo que mais destas experiências sejam vividas mais uma, duas, três vezes... Enfim, mais todas as vezes possíveis.
See you next time, London. Keep in touch!
Rush
Rush
Piccadilly Circus, Londres (dezembro/2018)
Comentários
Enviar um comentário