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A mostrar mensagens de 2020

A toalha de lá

  Um simples objeto é capaz de me transportar para um sítio. Um momento. Uma emoção.    As fotografias que contêm esses mesmos pedaços de memórias personificados em objetos resultam nesta colectânea que guardo. A minha vida está numa foto. Nesta, em específico.   Todas as manhãs, observava aquela pequena área da nossa casa. O nosso espaço pequeno em dimensão, mas capaz de guardar um enorme amor.   A luz refletida naquela toalha simples de casa de banho dava-me uma maior sensação de calor. De um amor quente e sempre presente, naquele que é o nosso espaço.   Tirei esta fotografia no verão. Estava calor. Estava amor ali. Estava tudo o que de bom guardo de ti.   Para uns não passa de um simples pormenor fotografado, para outros passar por uma memória bem iluminada e presente na minha mente.   Talvez, isto não signifique nada. Talvez, isto signifique tudo. Nada é preto e branco. Tudo tem a sua graduação de cores. A fotografia apresenta-se numa graduação de cinzentos, o meu amor carateriza-s

Pota 🐙

  Tenho o hábito de me declarar aos meus. São eles que vivem a vida comigo. Estão sempre lá e muitas das vezes não tenho que lhes pedir. Quero acreditar que o fazem, porque sou merecedor disso. Aliás, creio que sabem que o que fariam irá ser sempre retribuído. Sim, 'Bu'... Esta carta é para ti.   A menina dos cabelos dourados e sorriso envergonhado tomou conta de um pedaço do meu coração e que bom que é poder oferecer-lhe esse espaço. Entreguei-o sem medos e não aceitaria a sua devolução. Tomei coragem e ofereci-lhe algo que estava fragilizado, porque ela o mereceu. Porque ela ficou.   Mais tarde percebi que era Amor. Não podia ser de outra forma... Ela já possuía um dos pedaços daquilo que melhor guardo, sem nunca ter posto em causa a segurança do que cuidava. Sim, ela cuida de mim. E eu dela. Gosto de pensar que nos regemos a partir de um "eu por ti e tu por mim" e espero que isso perdure.   Ela é como um pôr-do-sol na praia, acompanhado de um cigarro pensativo e lo

A segunda Mãe

 Algures nos anos noventa do século passado tornou-se a minha Madrinha. E durante a minha vida toda tornou-se a melhor Madrinha que o Destino poderia ter reservado para mim!  É uma das pessoas da minha vida das quais ainda não me atrevi a escrever. Uma tarefa difícil para alguém que preza bastante as pessoas que mais ama e Ela não é excepção. Nunca escrevi acerca dela anteriormente, não porque não sinto orgulho - de todo que não se trata disso; mas sim, porque é sempre um pedaço de mim que o torno público. Quase como oferecer a quem ler este texto um pedacinho dela... e quantos mais eu conseguir guardar para mim, melhor! Chamem-me egoísta, mas não a troco por nada nesta vida. Nem noutra seguinte!  Procurei no dicionário o que "Madrinha" incluí no seu significado e deparei-me com a palavra "Protectora" [no sentido figurado] e creio que não arranjo melhor palavra para a definir. Para mim é uma das minhas protectoras mais leais. É quem me dá estalos de realidades n

15 de Amor

 Para a Bé   Há um amor incondicional na minha vida. Há uma vida neste amor incondicional. Há uma pessoa muito especial.  Há a Mariana. A minha irmã. O meu grande amor...  Hoje, celebramos os seus 15 anos de vida. Celebramos o início da sua vida. Celebro igualmente o início da minha vida, isto é: enquanto irmão. Uma "vida de irmão".  É sem dúvida parte de mim. Quase como um órgão vital... Talvez a maior e melhor parte de mim e com muita certeza que também é o meu maior órgão vital.  Ela é vida. Ela é amor.  É a cura para os meus dias menos bons. É o abraço reconfortante em tempos de mágoa. É o melhor sorriso e o mais eficaz de despontar a minha felicidade. A verdadeira felicidade!  Um tesouro que a vida me trouxe, há 15 anos, e que irei guardá-lo durante uma vida inteira.  À sua volta existe um mar de emoções. Fortes. Como os murros que me dá, em jeito de brincadeira... Seguidos de abraços e pedidos de desculpas, no meio de risadas.  Juntos, rimos. Muito!

A todas as pessoas que já amei

 A quem está a ler este texto no dia de hoje – 14 de fevereiro – pensando que é um texto dedicado aos namorados que se desengane. Este texto é dedicado a todo e qualquer tipo de Amor que existe nesta vida térrea.  Ao longo da minha vida e que na minha opinião ainda vai curta, eu amei. Muito! Amei pessoas que nunca pensara amar ou amei numa medida (se é que existem medidas dentro do razoável que é expectado amar) que não pensara que era possível.  Amei de forma condicional. Sim, de uma forma controlada… pensara eu na minha inocência. Amei de forma incondicional. Aqueles que são muito poucos em quantidade, porém superam a qualidade do que é extremo e é tão bom poder viver estes amores intermináveis. E, por fim, amei sem saber que era Amor de que se tratava.  Já li muito sobre o que é o Amor, sobre como curá-lo (como se de uma doença se tratasse), de como interpretá-lo ou de como fazê-lo terminar (um pouco como a “cura”, sejamos honestos: não existe).