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A todas as pessoas que já amei


 A quem está a ler este texto no dia de hoje – 14 de fevereiro – pensando que é um texto dedicado aos namorados que se desengane. Este texto é dedicado a todo e qualquer tipo de Amor que existe nesta vida térrea.

 Ao longo da minha vida e que na minha opinião ainda vai curta, eu amei. Muito! Amei pessoas que nunca pensara amar ou amei numa medida (se é que existem medidas dentro do razoável que é expectado amar) que não pensara que era possível.

 Amei de forma condicional. Sim, de uma forma controlada… pensara eu na minha inocência. Amei de forma incondicional. Aqueles que são muito poucos em quantidade, porém superam a qualidade do que é extremo e é tão bom poder viver estes amores intermináveis. E, por fim, amei sem saber que era Amor de que se tratava.

 Já li muito sobre o que é o Amor, sobre como curá-lo (como se de uma doença se tratasse), de como interpretá-lo ou de como fazê-lo terminar (um pouco como a “cura”, sejamos honestos: não existe).

 Todos os dias, tento recordar-me que sou grato. Grato pela minha vida e pelas pessoas que fazem parte dela. Grato pelos que permanecem comigo e pelos que, por variadas razões, já não estão presentes nela [na minha vida]. Contudo, permanecem em mim. Como se fossem uma marca ou cicatriz eterna de que não me vou esquecer. Pois, a minha história rege-se pelas pessoas e pelo impacte que exercem sobre mim. Tanto o positivo, como o negativo. No final de tudo, sei que foi necessário amá-las em algum ponto para que as soubesse dar o devido valor, hoje em dia.

 Creio que existem vários tipos de Amor ou só existe um e desde que se discute esta palavra enorme de quatro letras que nos andamos a enganar uns aos outros. Ainda assim, acredito que todos temos a capacidade de amar. Uns “amam pouco”, outros “muito” e ainda outros, “demasiado” – mas lá está: quem é que controla isto? Quem é que sabe a medida certa de se amar? Amar não é uma receita de culinária que sigamo-la à risca para que tudo saia bem. Amar não vem com aviso prévio, não possui uma data de validade a expirar, não tem cura e não é linear. Amar é tudo aquilo que não vemos, mas sabemos que está lá. Tal como o vento que sentimos nas partes descobertas dos nossos corpos e que mesmo não o vendo, sentimo-lo.

 Amar é isto. E muito mais. É algo complexo que nutro por aqueles que eu quero. É pertinente fazer a ressalva que quando quero alguém, quero mesmo. Não tenho nenhuma medida específica que lhe permita caraterizar como muito ou pouco; apenas sei que quero.

 Hoje é o “Dia dos Namorados” ou “Dia de S. Valentim” como lhe quiserem chamar; para mim, é muito mais que isso. É o dia do Amor. Com isto, não quero dizer que não ame nos restantes dias, porque – na mais pura verdade – amo. Todavia, parece que hoje (por ser “Hoje”) estamos mais dispostos a amar e a demonstrá-lo. Não há nada de errado nisso, só não se esqueçam de amar (n)os restantes dias. Sem Amor, não há Vida. E que vida seria esta sem amar? Um tédio.

 Deixo este texto aqui para que todos aqueles que amam - não importa quem, o quê ou como – não se esqueçam nunca de o fazer.

 Aqui jazem as memórias de todos os amores que tenho, tive e espero ainda ter.

 A todos os meus ad eternum amores,
Rush



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