Um simples objeto é capaz de me transportar para um sítio. Um momento. Uma emoção.
As fotografias que contêm esses mesmos pedaços de memórias personificados em objetos resultam nesta colectânea que guardo. A minha vida está numa foto. Nesta, em específico.
Todas as manhãs, observava aquela pequena área da nossa casa. O nosso espaço pequeno em dimensão, mas capaz de guardar um enorme amor.
A luz refletida naquela toalha simples de casa de banho dava-me uma maior sensação de calor. De um amor quente e sempre presente, naquele que é o nosso espaço.
Tirei esta fotografia no verão. Estava calor. Estava amor ali. Estava tudo o que de bom guardo de ti.
Para uns não passa de um simples pormenor fotografado, para outros passar por uma memória bem iluminada e presente na minha mente.
Talvez, isto não signifique nada. Talvez, isto signifique tudo. Nada é preto e branco. Tudo tem a sua graduação de cores. A fotografia apresenta-se numa graduação de cinzentos, o meu amor carateriza-se por uma graduação de cores vivas e quentes.
É reconfortante saber que as cores podem fundir-se e dar origem a outras tantas, semelhantes ou até mesmo mais atrativas ao olho humano. E é - igualmente - muito bom a sensação de saber que tenho uma amor colorido. Uma história que não se cinge nem somente ao preto, nem ao branco.
Aliás, acredito que o meu amor é pintado em vários tons de uma imensidão de cores. Porém, esta fotografia guarda uma ínfima parte daquilo que pinto.
É uma toalha. Uma simples toalha.
É um amor. Um grande amor.
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