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o aMoR tRansfoRMa-se


[Encontro-me, novamente, a escrever acerca das pessoas da minha vida. Às minhas pessoas: M e R.]

Cada vez mais me sinto grato por conhecer as pessoas que conheço. Não o sinto desde agora, mas a certeza de que a gratificação que sinto ao conhecer as histórias das minhas pessoas, dos meus amigos, dos meus companheiros de vida é extraordinária.

                Esta história passa-se com dois amigos meus. Duas almas que me encontraram e eu não as vou largar tão cedo. Criam-se laços e histórias, sorrisos e lágrimas e é desta forma que lhes guardo um pedacinho daquilo que escrevo.

                De tudo o que consigo reter da história de ambos é que o Amor se transforma. O Amor permanece e reflete-se através de variadas perspetivas e formas. Ainda há uns dias, me encontrara com eles e falávamos todos naquilo que foi a história deles. Engraçado como no exato momento em que a conversa se desenrolava, eu já me imaginara a escrever um dia acerca disto. A vontade era tanta e o carinho por ambos também que não aguentei.

                Aqui estou eu: a escrever acerca de dois seres humanos dotados de sentimentos e almas puras. Não sei como, nem tampouco o porquê, mas eles fazem-me bem. Deixam-me bem e isso é tão reconfortante. Sim, M e R esta é a vossa história.

                A M é um doce. É o tipo de pessoa com quem nos sentimos protegidos de alguma forma e o medo de a desiludir é enorme, exatamente do mesmo tamanho do reconforto que ela me dá.

                O R é um poeta escondido atrás dos seus medos e inseguranças. É uma alma que vagueia por sentimentos e escreve também acerca deles de uma forma inexplicável. Ele sente e escreve.

                Mas ambos partilham um amor: o amor pela Arte. Muito antes de partilharem uma história de amor passada, eles partilham o amor por aquilo que talvez seja uma das fortes razões às quais nos ligam cada vez mais uns aos outros.

                Eles conheceram-se há imensos anos e os relatos que fazem acerca do que já passaram um com o outro são deliciosos de se ouvir. Os relatos fundem-se com o carinho com que a M fala e a romantização que o R lhe dá. Eles que um dia já se amaram tanto e hoje, esse amor é transposto de outra forma.

                Confesso que me enche de orgulho ter um exemplo destes na minha vida e presencia-lo tão de perto é algo incrível. Para muitos, acredito que não passaria de algo que fosse banal, mas para mim significa um Mundo. Um Mundo que seja possível encontrar Arte, Amor, Carinho e História. Creio que é esse o segredo da relação que hoje mantêm um com o outro. A conjunção dessas quatro palavras torna possível o sustento daquilo que à primeira vista vê-se o que é uma relação pura.     
     
                Eles conhecem-se um ao outro de uma ponta à outra e interpretam-se como ninguém o faz. Eles deixam-se transparecer um ao outro e respeitam a vida que cresce, a cada dia, um no outro. A M tem a delicadeza e a sabedoria de conhecer as pessoas e o R tem o acréscimo de saber gerir as emoções que provoca e sente, mas ambos sabem respeitar-se. Sabem, porque passados anos do término daquilo que se entenderia o final da história de Amor deles, eles continuam a escrevê-la.

                O mais gratificante não é o facto de serem namorados, porque – atualmente - não o são. É o facto de a História continuar, sem que ambos se deixem de amar. No fundo, eu acredito-me que eles se amem, mas não da mesma forma. Creio que de uma forma ainda mais especial e num nível que só pessoas como eles os dois o poderiam fazer.

                Ter os dois na minha vida é uma prova de coragem para mim mesmo. É o saber que de alguma forma tenho a necessidade de manter pessoas como ambos na minha vida e não os poder deixar fugir, mas também o medo que me ocorre quando penso que não posso nem me vou permitir tal ato de os não saber manter comigo.

                Crio laços com algumas pessoas e isso é muito bom para mim – porque me permite sentir uma resposta sempre que lanço um pedido (seja ele de que tipo for), todavia tem o seu lado menos bom – a necessidade com que fico e a dependência que tenho para com pessoas como eles. Se preciso da proteção da M, preciso dos desabafos do R e é nesta corda bamba que tenho vindo a sustentar duas das melhores amizades, que à atualidade, guardo.

                Se assim me permitirem, espero que me deixem ligados a eles para a vida toda. De uma forma ou de outra, mas que permitam. Só escrevo acerca daqueles que tiveram e têm impacte na minha vida e a M e o R não fogem à regra.

                Resta-me agradecer. Sim, no fundo isso… agradecer! Só duas almas como as deles permitiriam o partilhar das histórias deles e eu sinto-me grato por serem tão generosos comigo a esse ponto. Eu preciso dos sentimentos para viver, pois acredito que sejam o alimento da Alma e é nessa lógica que a minha necessidade de os manter comigo se sustenta.

                Obrigado, um enorme obrigado por serem quem são e por me deixarem ser quem sou com vocês.
                Aos amigos, à vida e ao amor… Porque no fundo é isso: Amor.
Rush

pela M || maio 2018


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