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Mensagens

Como se esquece alguém que nos trai?

 A questão parte de um simples facto: traição. Mas o que devemos fazer quando isso nos acontece? Quando vivenciamos algo que nunca imaginamos, por nunca haver indícios?   Insistimos tanto no esquecimento de alguém que acabamos por cair no erro de a relembrarmos sempre. Todos os dias, a toda a hora.   Miguel Esteves Cardoso escreveu acerca de “Como esquecer alguém que amamos”, mas como fazemos para esquecer alguém que nos trai?   A resposta não é fácil. Ou até é... Não esquecemos, não perdoamos, não ultrapassamos à mesma velocidade que gostaríamos de esquecer, perdoar e ultrapassar. O maior obstáculo instala-se mesmo em frente de nós - o medo de confiar instala-se e por uns bons tempos.   “Quem é que ele pensa que ele é?” é a questão retórica que se impõe; ou então, “Como é que ele foi capaz?” que nos obriga a vivenciar as palavras, os locais, as pessoas. Enfim, a dor.   Existe só um pedido que devemos fazer a quem nos trai: Deixa-me ir. Sim, devemos ser humildes

Sweet, sugar, candy girl

 O amor que sinto por ti é inexplicável e impossível de se demonstrar na sua plenitude. Existe sim, uma grande forma de tentar demonstrar aquilo que há 13 anos nutro por ti, estando presente a cada dia que passa desde o teu nascimento. És um orgulho que me enche a alma, um abraço reconfortante, um sorriso que derrete o meu coração, um amor para a vida.   Desde o primeiro pontapé até à primeira briga, vou-te sempre proteger seja em qual momento for. As palavras esgotam-se tal como a minha paciência para ti e as parvalheiras da adolescência que, neste momento, estás a viver mas ainda assim: eu sei-o e tu certamente sabes que se haverá alguém que permanecerá no mesmo sítio com um sorriso e um abraço, bem como um sermão e uma lágrima, essa pessoa sou eu.  A minha baby girl está a ficar enorme e são nestes dias especiais que me encho de certezas, orgulhos e sorrisos e digo que o amor é mesmo o sentimento mais precioso do Universo, uma força assombrosa que nos desfaz aos bocadinho

Voltaste

 Eu sempre te disse que íamos voltar. De uma forma ou de outra... íamos.   Escrevia-te vezes e vezes sem conta, mas nunca tivera a coragem de clicar no “enviar”. Mas nesse dia foi diferente... Acordei com coragem e tomei a atitude que há já muito tempo queria tomar!   Eu sei que não estamos bem em toda a sua plenitude, contudo estamos. Ou melhor, tomamos um passo para estar a partir do momento em que me respondeste aos meus pensamentos escritos.   Sabia que iria ter uma resposta do teu lado. Sabia porque o que tínhamos permitia isso... Permitia-me sentir a segurança de que iria obter um eco ao meu grito de ajuda! Tu eras o melhor “guarda-costas” de todos. Agora que penso nisso, eras o melhor em muito mais coisas. Eras o melhor conselheiro, o melhor ouvinte, o melhor abraço, o melhor amigo que alguém na vida poderá ter.   Se há uns meses pensava que te tinha perdido, creio que - voltei - a reencontrar-te. Desculpa a redundância da frase anterior, até mesmo da dicotomia

Arrumações

 Hoje, foi um dia de arrumações.  Estive a organizar tudo. Desde roupas até recordações… Escusado será dizer que apareceram algumas tuas. As roupas e recordações. Parece que umas estão anexadas a outras e vice-versa.  Deixaste cá umas camisolas amarrotadas e uns bilhetes, independentemente do que via só conseguira observar algo… Ou melhor, alguém: tu.  Volta e meia apareces, não fisicamente. Isso seria demasiado doloroso! Mas, apareces. De uma forma ou de outra… E acabas, sempre, por dar uma volta e ir embora.  Sabes que as camisolas ainda conservam o teu cheiro? E o teu perfume também parece que paira no ar. Principalmente, no meu quarto. Existem noites em que acordo e parece que ainda te sinto a dormir ao meu lado, na minha cama e os lençóis cheiram a ti. A recordações boas, mas tristes. Sinto saudades de quando cá vinhas, partilhávamos o meu quarto e a minha cama era o sítio ideal para as melhores conversas e promessas. As melhores… Nós éramos os melhores, porque aca

Novas Histórias

 Está oficialmente aberta a época das festividades finais do ano.  O Natal já lá vai e adianta-se cada vez mais a chegada do Ano Novo… Ou melhor, Novo Ano. Depositamos uma confiança tremenda no que por aí se avizinha, contudo quando o que planeamos não se realiza é suposto ficarmos tristes ou contentes, por reinventarmos os nossos planos – tendo em conta os obstáculos e as situações que ao longo do ano aconteceram?  Comecei este presente ano com um grupo de pessoas que me dizem muito. Embora, agora não exista contacto algum… Por variadas razões. Culpa de ambos! Enfim, não deixo de ter saudades disso. Os momentos retrospectivos deste ano são cada vez mais frequentes, nesta altura. Houveram vezes em que a vontade enorme de parar o tempo só para desfrutar por mais um pouco o que ali se passou; mas, tal como Charlie [em “As Vantagens de Ser Invisível”] disse: “As coisas mudam. Os amigos deixam-te. A vida não para ninguém” e creio que este seja o melhor lema para 2017. Feliz o

Física ou Química?

 Eu mereço o que tenho. O bom e o menos bom… Ensinaste-me a lidar com as consequências de todas as escolhas que fizera. As boas e as más. Porém, repreendias-me sempre com algum fator externo justificando sempre a tua opinião. Fosse o que fosse o que me dizias, tinha sempre um enorme impacte em mim.  Prendias-me e não me deixavas sentir o aquilo que eu acreditava que era o melhor para mim. No final de contas, quem acabou sozinho não foste tu. Fui eu.  Tenho a certeza que quem não dorme de noite, não grita tudo o que pensa, não come o que devia comer, não se priva do Mundo, não és tu. Mais uma vez, sou eu.  Deixei-te tudo o que tinha, inclusive uma grande parte da minha alma. Ela foi-se embora contigo e a que permaneceu, não chega para o que – neste momento – vivo.  Sem fazeres as malas, foste-te embora. Deixaste-me aqui, com todas as recordações que tenho de ti e tudo o que me apetece fazer, é esquecer-te. Não me sais da cabeça, nem por nada. Qual a razão de o teres feit

A Ressaca de Ti

 Colocaste-me nas ruas da amargura como a droga acaba por fazer aos viciados.  Eu era um viciado. Viciado em ti! Viciado na tua vida, na tua personalidade, no teu olhar, no teu toque. Viciado em ti por completo.  Mas, o meu vício assim como todos os outros é momentâneo. Eu estava contigo e isso era como se fosse uma droga para mim. Estava contigo e cada vez mais viciava-me em algo que era prazeroso… Porém, era um prazer momentâneo. Fazias-me sentir nas nuvens durante algumas horas e depois disso, o efeito acabava-se.  Acabava sempre da mesma forma. Com um choque de realidade… Um choque daqueles que te fazem acordar num espaço de segundos. E daí surgia a ressaca. A pior fase de todas de um vício.  O prazer acabava-se e o sofrimento surgia quase instantaneamente. Era horrível sentir-me da maneira que sentia. O efeito positivo era cortado por uma onda de pessimismo e a realidade outrora míope, tornara-se cada vez mais nítida. Eram nessas alturas que eu sabia que tinha que