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Mensagens

A segunda Mãe

 Algures nos anos noventa do século passado tornou-se a minha Madrinha. E durante a minha vida toda tornou-se a melhor Madrinha que o Destino poderia ter reservado para mim!  É uma das pessoas da minha vida das quais ainda não me atrevi a escrever. Uma tarefa difícil para alguém que preza bastante as pessoas que mais ama e Ela não é excepção. Nunca escrevi acerca dela anteriormente, não porque não sinto orgulho - de todo que não se trata disso; mas sim, porque é sempre um pedaço de mim que o torno público. Quase como oferecer a quem ler este texto um pedacinho dela... e quantos mais eu conseguir guardar para mim, melhor! Chamem-me egoísta, mas não a troco por nada nesta vida. Nem noutra seguinte!  Procurei no dicionário o que "Madrinha" incluí no seu significado e deparei-me com a palavra "Protectora" [no sentido figurado] e creio que não arranjo melhor palavra para a definir. Para mim é uma das minhas protectoras mais leais. É quem me dá estalos de realidades n

15 de Amor

 Para a Bé   Há um amor incondicional na minha vida. Há uma vida neste amor incondicional. Há uma pessoa muito especial.  Há a Mariana. A minha irmã. O meu grande amor...  Hoje, celebramos os seus 15 anos de vida. Celebramos o início da sua vida. Celebro igualmente o início da minha vida, isto é: enquanto irmão. Uma "vida de irmão".  É sem dúvida parte de mim. Quase como um órgão vital... Talvez a maior e melhor parte de mim e com muita certeza que também é o meu maior órgão vital.  Ela é vida. Ela é amor.  É a cura para os meus dias menos bons. É o abraço reconfortante em tempos de mágoa. É o melhor sorriso e o mais eficaz de despontar a minha felicidade. A verdadeira felicidade!  Um tesouro que a vida me trouxe, há 15 anos, e que irei guardá-lo durante uma vida inteira.  À sua volta existe um mar de emoções. Fortes. Como os murros que me dá, em jeito de brincadeira... Seguidos de abraços e pedidos de desculpas, no meio de risadas.  Juntos, rimos. Muito!

A todas as pessoas que já amei

 A quem está a ler este texto no dia de hoje – 14 de fevereiro – pensando que é um texto dedicado aos namorados que se desengane. Este texto é dedicado a todo e qualquer tipo de Amor que existe nesta vida térrea.  Ao longo da minha vida e que na minha opinião ainda vai curta, eu amei. Muito! Amei pessoas que nunca pensara amar ou amei numa medida (se é que existem medidas dentro do razoável que é expectado amar) que não pensara que era possível.  Amei de forma condicional. Sim, de uma forma controlada… pensara eu na minha inocência. Amei de forma incondicional. Aqueles que são muito poucos em quantidade, porém superam a qualidade do que é extremo e é tão bom poder viver estes amores intermináveis. E, por fim, amei sem saber que era Amor de que se tratava.  Já li muito sobre o que é o Amor, sobre como curá-lo (como se de uma doença se tratasse), de como interpretá-lo ou de como fazê-lo terminar (um pouco como a “cura”, sejamos honestos: não existe).  

Sentidos perdidos

 Eu perdi-me contigo. Perdi-me em ti e no amor que sentia por ti… Ou sinto. Estou tão perdido que não tenho certezas de nada.  Perdi os sentidos contigo. Todos! Fiquei cego de amor. Surdo aos conselhos dos outros. A vida não me sabia da mesma forma, tinha um paladar diferente. O meu tato modificou, senti de forma distinta os toques físicos das pessoas. Um abraço não era compreendido pelo meu cérebro, da mesma forma que os sentira quando estava contigo. O meu olfato alterou, deixou de sentir o teu cheiro. Nas roupas, na casa, na rua… Enfim, na minha vida toda.  Depois de Ti, não fui o mesmo. Não consegui voltar ao que era antes de ti, porque – sinceramente – nem me lembro. Senti que a minha vida tinha começado quando chegaste e eu nunca quis que partisses.  Por mais que mergulhasse nas palavras dos outros que lia, por mais interpretações que fizesse entre conversas e desabafos com amigos, por mais que tentasse desfazer-me das memórias de ti, tu continuavas lá. Continuaste

Conexões Pe(r)didas

 Chegaste a casa e deparaste-te comigo na sala. Já era tarde, mas queria estar acordado para te ver assim que chegasses e assim o foi… Ficas tão giro de fato e gravata. E eu fico tão orgulhoso de te ver assim!  Vens para o pé de mim, tirando o casaco e arrancando o cinto das calças. Descalças-te enquanto caminhas até mim e a gravata já se encontra no chão da sala-de-estar. Dás-me um beijo e ficas abraçado a mim. Perguntas-me o que estava a ver na TV e, ao final de alguns segundos, apercebes-te que estava a ver a minha série de conforto – “F.R.I.E.N.D.S.”. Aproveitas o facto de estarem umas fatias de pizza na mesa e comes, sem nunca me largares. Tão bom a sensação de sentir que pertenço a alguém e a um lugar. No final de contas, pertencíamos um ao outro e pertencíamos ali. Ao nosso ninho. Ao nosso conforto baseado em amor.  Reparas que tenho a tua sweater velha da faculdade vestida e sorris para mim. Perguntas-me o porquê de a usar mais vezes que tu próprio – sendo o verdadeiro

Para o meu futuro Amor

 Sejamos honestos, porque é a partir da honestidade que conseguimos aquilo que queremos. Eu quero viver um grande amor, porque acho que mereço! Quero ter direito aos clichês todos.  Quero poder receber cartas de amor e respondê-las da mesma forma que me foram entregues. Quero passeios noturnos espontâneos e beijos no meio das frases. Quero tardes de cinema em casa e cafunés. Quero abraços no inverno para me aquecerem… Mas também os quero no outono, na primavera e mais uns quantos no verão. Enfim, quero-os durante todo o ano!  Quero receber mensagens de “bom dia!” e quero vê-lo à minha espera para tomar o pequeno-almoço. Quero viajar por sítios que nunca conhecera e quero vê-lo fazer-me surpresas durante essas viagens! Quero que me leve a almoçar em Roma e também jantar em Paris. Quero que me leve a museus em Londres e me leve a ver musicais a Nova Iorque.  Quero viver uma paixão ardente e um sexo incrível. Honestamente, todos sabemos que a parte física das relações ajudam a cimen

O carro, a praia e tu

 Estás sozinho em casa e ligas-me. Prontamente, atendo-te e dizes que queres estar comigo. Não penso duas vezes e encontro-me contigo em 10 minutos.  Apareces na minha rua e com um sorriso dizes para entrar no teu carro. Levas-me até à praia e dás-me a mão. Pedes desculpa e deixas-me sem reação. Pedes-me que te perdoe as chamadas não atendidas, as mensagens não respondidas, os desvios de olhar na rua, as traições e os dias que perdi à espera de ti. Sempre esperei e tu não. Fugias sempre que tinhas oportunidade e eu cegamente aceitava.  Os anos passam e eu percebo que tu vais e voltas, mas nunca te esqueces do meu número e consequentemente, de mim. Ligas-me com alguma regularidade, mas só agora é que me quiseste ver. Enquanto isso, no teu carro dás-me a mão e olhas-me nos olhos, sabendo que não resisto a esse sorriso. Roubas-me um beijo. Pensando bem, não me roubaste só isso… Aliás, deixaste-me a zeros. Ainda assim, não tens pudor em deixar ainda mais o meu saldo negativo. O s