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Mensagens

Madrugadas Erradas

  Escrevo-te numa madrugada, acerca de uma outra que passei contigo. Mais uma noite em que fiquei apenas a olhar para ti a dormir.... Ficas tão lindo quando estás assim. Desproves-te dos teus medos e inseguranças e numa serenidade pura, cais no sono.   A verdade é que em todas as noites que passo contigo, não consigo dormir.... Fico a observar-te a noite inteira e penso nos erros que cometi contigo. Por vezes, chego à conclusão que se quisesses, até daríamos um bom erro.  Mas, para errar é preciso considerar-se as duas partes culpadas e neste caso: a única parte que sente culpa sou eu.   Sou a culpa que guardo em relação a ti. A culpa de não termos resultado, na altura em que o erro foi cometido. A culpa de hoje não resultarmos, por não quereres errar e a culpa de amanhã, por não pensares que poderias errar tanto comigo.   Eu deixava-te errar, vezes sem conta... Até perceberes o resultado certo. Deixava-te errar tanto que irias cansar-te e descobrir que o quocien

Os contos-de-fada da vida real

[Ainda com as emoções à flor da pele, escrevo-lhes. A eles! Dirigidos ao casal que me inspirou. Sim, Ana e Pedro… Este é para vocês!]  Desde cedo foi-me ensinado que devemos amar as pessoas e o que guardamos delas. O amor move mundos e fundos e serve de inspiração para tanto. Os contos-de-fadas que a minha Mãe me lia em pequeno, nunca fizeram muito sentido ao que já vivi. Mas, com a Ana e o Pedro foi diferente. Estar com eles é vivenciar esses mesmos sentimentos e emoções que são relatados nesses mesmos contos, só que vivenciados na vida real.  É um privilégio para mim poder viver isto. Com eles… Desta forma tão próxima que me emociona sempre que abordo este assunto. O amor não é perfeito, muito menos os casais. Contudo, posso arriscar e dizer que se o Pedro fosse o Sol, a Ana seria a Lua. Dois astros que se completam entre si e consigo trazem as virtudes e outras caraterísticas associadas aos mesmos.  Enquanto que o Pedro brilha no seu jeito peculiar, a Ana aparece le

É preciso matar o Amor

 Tudo na vida tem os seus devidos ciclos. Tudo nasce, desenvolve-se, vive – em todas as respetivas fases - e no final, morre. Todas as questões inerentes à vida apresentam ciclos. O amor não é exceção…  Ele pode ser representado através de várias formas. Tanto pela amizade, como pela paixão. Eu amo os meus amigos, mas também amo a minha família e os vários amores que vou encontrando pela vida. Contudo, todos eles têm que viver e morrer. Tudo tem um prazo.  Todos eles são criados também por nós. Fazemo-los nascer, nutrimo-los, desenvolvemo-los e, chegará o dia em que temos que o matar. Por variadas razões… Mas temos que o fazer! Para (sobre)vivermos. Para levar avante com isto a que chamamos “vida”.  Na amizade, o amor morre porque os laços criados não se mantêm iguais, com a mesma intensidade e importância que desde cedo podem assumir nas nossas vidas. Poderá chegar a um ponto em que o afastamento das duas partes finda a vida de uma amizade que outrora poderá ter sido mu

Quem podia ser eterna

 É muito bom escrever sobre pessoas e ainda melhor quando o fazemos acerca daquelas que mais gostamos. Sim, Mãe… Este texto é para ti.  Ela é – para mim – a Guerreira das Guerreiras. É uma das forças que me mantém aqui e é, simplesmente, o melhor colo do Mundo.  Encontro nela um exemplo a seguir – talvez, o que mais me identifico e sigo. Somos muito semelhantes em certos aspetos, mas diferentes em tantos outros. Daí discutirmos por tudo e por nada, mas a relação que tenho com ela não seria a mesma se isso não acontecesse. São as discussões saudáveis que temos que nos fazem, no final, vir ter um com o outro e perceber que talvez não seja assim tão grave algo que aconteceu ou que a irritação que provocamos um ao outro seja tão extrema quanto pensamos.  São as histórias que temos que nos fazem enquanto pessoas e posso afirmar que a minha Mãe poderia ser a considerada a “Pessoa” para mim. Entre aventuras e desaventuras, entre altos e baixos…   Ela existe e persiste em ser

3/3

Para a Adriana, Diogo, Joana, Pedro, Sónia e Tatiana.   Tenho uma questão que ultimamente tem-me invadido o pensamento: será isto o fim ou o início de algo?   Se há dois anos escrevia sobre o começo e o quão bom seria chegar ao fim; hoje, não estou preparado nem sinto que vá estar para ver como finalizado aquilo que me fez ser quem sou.   Mais uma vez, são as pessoas. Todas elas que apareceram na minha vida (académica e não só) e que, de uma forma ou de outra se mantiveram, foram as responsáveis pela nostalgia misturada de alegria com que escrevo, agora.  Eu só consigo sentir uma enorme gratidão por esta sensação agridoce que me faz trazer estas palavras a público. Sinto-me grato, sobretudo por serem as pessoas que são comigo e modéstia posta de parte: são as melhores pessoas que alguma vez pude encontrar num percurso tão peculiar. Cada um marca a(s) sua(s) diferença(s) aplicada(s) à(s) maneira(s) única(s) com que encaram a vida. Mas, guardo cada uma com a mesma importân

Os cigarros que [não] se devem acender

 Iniciemos este texto com a noção de que o nem o título, nem o conteúdo do mesmo estão relacionados com quaisquer pensamentos antitabagistas que vos possa dar a entender.  Vivo nesta analogia constante entre pessoas e cigarros. Existem os cigarros que sabem bem… aliás, muito bem de se acender. Existem outros que nem tanto.   Já fumei uns quantos para perceber quais as diferenças que tenho que ter em conta, para depois não me desiludir. Mas, a verdade é que um cigarro é e sempre será um cigarro – como tal, dar-me-á sempre vontade de os acender e provar o sabor, o cheiro, ver o fumo que me sai da boca desvanecer no ar e com isso, provar a mim mesmo que não devia tê-lo feito. Por vezes, no final, arrependo-me. Contudo, existem aqueles cigarros que dá vontade de os queimar até não poder mais e são esses que realmente valem a pena, guardá-los no maço e fuma-los na altura certa.  Isto acontece, exatamente, com as pessoas que aparecem na minha vida. À primeira vista são ci