No Mundo existem dois tipos de pessoas: os que namoram e têm
relações amorosas com alguém que lhes valha a pena e nós – amantes da
Liberdade, sem termos que estar condicionados a algo ou alguém quem nos prenda,
seja em que sentido for.
Acordar de manhã e não nos sentirmos na obrigação de planear
o dia em função de algo que nos pode significar muito, tem as suas vantagens. É
nesta lógica de Liberdade que nos apercebemos que não precisamos de alguém para
gostarmos de nós próprios.
O facto de estarmos solteiros faz-nos entender que a melhor
pessoa que podemos mimar, nutrir sentimentos verdadeiramente fortes e viver em
função delas mesmas, somos nós próprios. Para amarmos alguém é necessário passar
por um monte de fases que só passamos ao estarmos livres. Livres de
preocupações fúteis, livres de joguinhos psicológicos, livres de ânsias e
nervos, livres de recordações que nos afetam – seja de que forma for e livres
de horas e encontros marcados.
Com isto, não defendo a teoria de que os solteiros são
pessoas frias, incapazes de nutrir seja que sentimento for por outro alguém ou demasiadamente
despreocupadas com o Mundo que nos rodeia. Não! Pelo contrário, as pessoas
livres são alguém que sabe apreciar do contexto exterior tudo aquilo que de
sentimentos está relacionado com a grande vantagem de estar sozinho.
Aliás, se refletirmos ainda mais nesta questão: acabamos por
não nos sentir sozinhos. Temos imenso tempo para a família, o círculo de amigos
que poderá fortificar os laços à medida que podemos passar mais tempos de
qualidade com eles, às profissões que gostaríamos de ter e lutamos mais por
isso e ao simples facto de sabermos que não estamos sozinhos nesta condição.
Por todo o Mundo, existem os Livres. É nessa lógica de pensamento que temos que
sustentar a nossa tão saborosa Liberdade.
Não é necessariamente mau acordar e não ter ninguém ao lado,
ou então passarmos os dias focados naquilo que realmente nos importamos e
ainda, não nos sentirmos na obrigação de ter ações e atitudes dirigidas a
alguém que nos prende – de certo modo – a trivialidades que a Vida nos guarda.
Falando por experiência própria, aprendi e todos os dias
aprendo a amar-me um pouco mais. Dia após dia o amor que nutro por mim é,
obrigatoriamente, o maior amor que tenho que sentir por alguém. De facto e
analisando as várias situações em que já me encontrei, consigo afirmar que me
amo muito mais do que quando partilhava – de algum modo – a minha vida com
alguém.
O melhor da vida fazemo-lo em silêncio e “às escondidas” dos
mais curiosos, porque o que de mais precioso guardamos da vida está trancado
nas nossas mentes e quanto mais nutrirmos a nossas almas, mais felizes iremos
ser.
Não digo que não irá existir um dia em que irei ter
necessidade de tudo aquilo que acima mencionei. Mas, até lá irei dar atenção a
quem mais precisa e quem mais merece: a mim mesmo.
Posto isto, estar solteiro tem as suas vantagens.
Sejam livres!
Rush
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