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A Utopia da Felicidade

  A Felicidade pode ser tida em conta como uma utopia. Uma daquelas que tentamos sempre nutrir mais e mais nas nossas mentes. 

 Eu preciso de ser feliz, aliás todos precisamos. Uns mais que outros, talvez... Isso é certo. Porém, eu não sei se esta necessidade de ser feliz é saudável a certo ponto. Temos tanta sede de algo que não sabemos bem o quê, mas temos... Temos tanta, mas tanta que por vezes nos podemos confundir e encontrar alguns desvios nos trajectos que primeiramente planeamos. 

 Mas lá está, este estado de espírito - porque no fundo não deixa de o ser - é capaz de destruir alguém em prol de outra ficar bem. Contudo, sabe bem. Sabe mesmo quando nos sentimos bem connosco próprios e sobretudo, felizes. Felizes por tudo e mais alguma coisa.  

 Não consigo pensar nisto no seu lado menos bom, quando na verdade escrevo-a a sorrir. Ainda assim, não deixa de ter esse lado menos bom... Ele está sempre lá, só que nem sempre o vemos.

 A culpa não é nossa. Ou melhor, é. É nossa e de todos aqueles que nos fazem acreditar que a Felicidade pode ser encontrada em cada esquina. Ela realmente pode... Mas quando se encontra numa rua com o Sofrimento, vai doer muito. Tanto que se confunde o primeiro estado de espírito com o segundo. 

 O MEC [a.k.a. Miguel Esteves Cardoso] é que tem razão. Esse senhor e [Fernando] Pessoa... Esses dois grandes "monstros" que para mim são os melhores da Literatura Portuguesa (claro que em épocas diferentes!), fazem-nos ver que nem sempre a Felicidade é feliz. Eu sei, um pouco contraditório e sem sentido... Ou não estaríamos nós a tratar este tema da Felicidade. Agora fez sentido? Pois. Para mim também não.

 Pode ser que um dia faça. Pode ser... Basta acreditar e lutar por isso.

 Só que... Até os clichês acerca da Felicidade podem doer, certo? Não de forma física, claro. Mas hipotética. Eu acredito nisso. Nisso e nos filmes que para além da Literatura nos fazem sonhar demais. 

 Culpem a Indústria Cinematográfica. Culpem a Literatura. Ainda assim, culpem-se a si próprios por (não) serem felizes.

Rush


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