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O amor e um cigarro

 Olá,

 Deves estar a perguntar o porquê de eu te estar a escrever? Pois... Acontece que nem eu mesmo consegui perceber também o porquê. Mas, tenho imensa vontade de te escrever!

 Recordaste de um dia me teres perguntado se já escrevi sobre ti? A verdade é que já. Estás, oficialmente, incluído na lista das pessoas que já escrevi e sente-te um sortudo por estares nessa lista. Embora eu saiba que não vais perceber o valor que isso tem para mim... Contudo, faço questão de te contar. É importante para mim.

 És como um cigarro para mim. Sim, um cigarro. Daqueles que dá vontade de acender numa conversa muito boa ou então numa situação de nervos em que me lembro de ti. Lembro-me de ti e acendo-te. Meto-te na minha boca e retiro tudo o que me consegues oferecer. O teu fumo é o teu conteúdo mais precioso, mas para chegar lá preciso de puxar por ti. A verdade é que eu puxo, mas por vezes a força parece não ser a suficiente. Ainda assim, fumo(-te) todos os minutos que consiga. E sabe-me bem... muito! Tem vezes que sinto que puxei demasiado e aí tenho a certeza de que o fumo que vai sair, em parte irá ficar dentro de mim. Ou melhor, dos meus pulmões.

 Nunca consigo, nem conseguirei tirar-te completamente de mim. Eu sinto que tenho que te expulsar. Expelir para o ar e deixar-te voar... Com o vento. Deixar-te desaparecer por entre as nuvens. Sobe... Sobe e vai (para) longe. Tu conseguirás!

 Dá-me espaço e ajuda-me a libertar-te. A dependência é talvez a sensação que mais nos torna frágeis e submissos. Sinto-me assim contigo. Fazes o que queres de mim. Matas-me aos bocados, tal como um cigarro.

 A questão é se te deixo aceso e continuo a fumar da tua essência e respirar o que me deixas ou se te apago e... É basicamente isso. Apago-te. Apago-te de mim e da minha vida.

 Fazes-me ficar... Sempre o tens conseguido fazer ceder-me à vontade de te ter por perto e acender-te quando quero. Mas, não me posso esquecer que por muito que me dês o prazer que um cigarro dá a um fumador, tu matas-me por dentro. Lentamente. Por vezes, até dói. Tens noção disso?

 Escrevo-te isto e a minha vontade por fumar um cigarro aumenta a cada palavra. Porquê? Mas porquê esta dependência por um cigarro...? Ou por ti?

 Agora, vou ter que acender um cigarro. Vou para a janela tomar ar e pensar. Em ti e no cigarro. Qual dos dois me matará mais depressa?

 Resta-me esperar por que algo aconteça. Rápida ou lentamente... Não sei.

 Até lá, vou tendo a dependência sempre ao pé de mim.

Rush


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