Faz já um bom tempo que não escrevo... Não sei. Sinceramente, não sei mesmo o porquê. Talvez porque encontrei o amor, talvez porque as folhas do outono já desapareceram todas dos locais onde tinham caído, ou então, talvez porque o céu é azul. Eu sei, parece tudo uma estupidez e, provavelmente este vai ser outro "rabisco" meu sem sentido; mas, sabe bem! Sabe mesmo. Pegar numa folha de papel, numa caneta - usada já para escrever tantos outros "rabiscos", e que cuja tinta se foi gastando até ao ponto de, por vezes, já falhar assim que a ponta da mesma entra em contato com o papel.
Enfim, tal como a minha mente, por vezes... Também "falha". Não é por mal; aliás, não é mesmo por mal, até porque a perfeição não existe e nunca irá existir. Sim, ando-me a mentalizar disto, à medida que vou escrevendo isto e relendo uns outros rascunhos que tenho guardados. A perfeição é a "qualidade" (se é que posso referir como tal, visto que nem existe) mais procurada, por todas as pessoas... No entanto, nunca nos apercebemos de que a imperfeição é a mais bela "qualidade" de todas. Porque as pessoas não precisam de ser perfeitas para ser belas, o que define a beleza é mesmo o fato de as pessoas serem imperfeitamente perfeitas ou perfeitamente imperfeitas... Porque, no fundo, vai tudo dar ao mesmo.
Descobri que conhecer-nos dói e, quando não queremos ver o quão belos somos, dói ainda mais! "Believe in yourself" é o que tenho tatuado nas minhas próprias costas, mas... O que fazer quando nem essa marca, que propositadamente fiz em mim, por vezes, não me relembra de o fazer? Lá está... "Overthinking sucks!".
Tudo me soa a clichés... Tudo me soa correto... Tudo me soa a algo que não é bom... Tudo me soa a tudo... Tudo me soa a nada... Então adolescência, quando é que fazes as malas e vais-te embora, de uma vez por todas?! NÃO! Espera! Não foi bem isto que quis dizer. Olha, esquece... Já percebi que por agora não me vais entender, nem eu a ti. Talvez o dia... Num dia frio de inverno, quando a chuva for demasiado e suficientemente intensa para me fazer ficar em casa, e ao mesmo tempo que a ouço cair, pegar numa folha de papel e escrever: "Valeste a pena. Obrigado, Adolescência!". Mas, até lá, vou continuar a fazer o que faço agora... "Rabiscos". Apenas e só "rabiscos".
Rush
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