Ela tinha deixado de acreditar no amor. Deixou de acreditar que nunca poderia formar uma família. Desacreditou-se que os contos-de-fada não existem e não existia nenhum Príncipe Encantado à espera dela. O pior foi ela ter deixado de acreditar nela. Enfim… Deixou de acreditar no que realmente valeria a pena.
Não é uma história com um começo feliz, embora o desenrolar de tudo o que ainda estava por contar veio adoçar-lhe o sorriso. Hoje, conta a história com um sorriso doce e deveras contagiante. Apareceu-lhe alguém que a fez acreditar. Então, ela acreditou. Num novo amor que pode aparecer, na paixão que pode (re)arder, nos sorrisos que podem voltar, na criação de memórias felizes.
Desamparada encontrou um novo rumo que a amparasse a vida que agora vive. Perdoem-me a redundância, mas nas questões do amor e das histórias nem tudo é preto e branco; por vezes, existem tons de cinza. Ora uns mais escuros, ora outros mais claros. Um pouco como é a vida.
As promessas não cumpridas que outrora existiram, deixaram de lhe magoar. As conversas de almofada reapareceram, os beijos entre frases também. E, foi nessa noite de mãos dadas e vergonhas que se puseram de parte que um novo capítulo começou a ser escrito. Quiçá, não da forma como ela imaginava. Não na altura imaginada, não com a pessoa em questão, não com o estado em que o seu coração que estava naquela altura. Contudo, no final – ou no início, dependendo da perspetiva que lhe atribuirmos à história – o amor apareceu. Sem ela menos contar, sem preparos ou discursos pré-elaborados que cada vez mais lhe soavam a clichés. Assim, sem mais nem menos, ela voltou a sorrir e a sentir-se desejada.
Faltou-lhe confiança, amor próprio e paciência para lidar com ela própria. Foram tempos assombrosos e desesperantes. Foram lágrimas derramadas em momentos sufocantes. Foram mensagens enviadas e não respondidas. Foram cigarros e cafés depressivos. Foram conversas a fio noturnas, na esperança que no dia seguinte tudo mudasse. E mudou… Mudou e foi a mudança que melhor lhe podia acontecer no início deste ano.
Começou a escrita da sua história com uma nova personagem. Ou melhor, começou a escrever uma nova história com uma personagem que reapareceu e lhe fez reavaliar a importância que deveria assumir perante o cenário novo que aí se avizinhava.
Esperançosa, alegre, apaixonada e desejada aparece-lhe um novo começo que promete fazer-lhe recomeçar. Tranquila e com a sapiência que foi aprimorando ao longo dos anos. Agora, deita-se na sua almofada com um sorriso doce e pensa que tudo não passou de um pesadelo. Apercebendo-se cada vez mais que os pesadelos têm o seu fim e são os sonhos que comandam a vida.
Hoje, ela é feliz. Hoje, ela adormece calma. Amanhã, ela acorda amada.
Room por Marta Moura || Madrid (2018)
Não é uma história com um começo feliz, embora o desenrolar de tudo o que ainda estava por contar veio adoçar-lhe o sorriso. Hoje, conta a história com um sorriso doce e deveras contagiante. Apareceu-lhe alguém que a fez acreditar. Então, ela acreditou. Num novo amor que pode aparecer, na paixão que pode (re)arder, nos sorrisos que podem voltar, na criação de memórias felizes.
Desamparada encontrou um novo rumo que a amparasse a vida que agora vive. Perdoem-me a redundância, mas nas questões do amor e das histórias nem tudo é preto e branco; por vezes, existem tons de cinza. Ora uns mais escuros, ora outros mais claros. Um pouco como é a vida.
As promessas não cumpridas que outrora existiram, deixaram de lhe magoar. As conversas de almofada reapareceram, os beijos entre frases também. E, foi nessa noite de mãos dadas e vergonhas que se puseram de parte que um novo capítulo começou a ser escrito. Quiçá, não da forma como ela imaginava. Não na altura imaginada, não com a pessoa em questão, não com o estado em que o seu coração que estava naquela altura. Contudo, no final – ou no início, dependendo da perspetiva que lhe atribuirmos à história – o amor apareceu. Sem ela menos contar, sem preparos ou discursos pré-elaborados que cada vez mais lhe soavam a clichés. Assim, sem mais nem menos, ela voltou a sorrir e a sentir-se desejada.
Faltou-lhe confiança, amor próprio e paciência para lidar com ela própria. Foram tempos assombrosos e desesperantes. Foram lágrimas derramadas em momentos sufocantes. Foram mensagens enviadas e não respondidas. Foram cigarros e cafés depressivos. Foram conversas a fio noturnas, na esperança que no dia seguinte tudo mudasse. E mudou… Mudou e foi a mudança que melhor lhe podia acontecer no início deste ano.
Começou a escrita da sua história com uma nova personagem. Ou melhor, começou a escrever uma nova história com uma personagem que reapareceu e lhe fez reavaliar a importância que deveria assumir perante o cenário novo que aí se avizinhava.
Esperançosa, alegre, apaixonada e desejada aparece-lhe um novo começo que promete fazer-lhe recomeçar. Tranquila e com a sapiência que foi aprimorando ao longo dos anos. Agora, deita-se na sua almofada com um sorriso doce e pensa que tudo não passou de um pesadelo. Apercebendo-se cada vez mais que os pesadelos têm o seu fim e são os sonhos que comandam a vida.
Hoje, ela é feliz. Hoje, ela adormece calma. Amanhã, ela acorda amada.
Rush
Room por Marta Moura || Madrid (2018)
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