A indecisão de percorrer vários caminhos é das piores sensações
do Mundo. Mas, a indecisão de ter que se decidir por dois… Bem, essa é tramada.
Como comparar e saber qual dos dois caminhos é o mais certo?
Decerto que há prós e contras por entre os caminhos, contudo tem que haver
algum que se destaque? Ou não estarei certo…?
Um caminho já o conheço. Já o percorri há muito tempo atrás,
não é tão desconhecido para mim como seria o outro. Contudo, há história nele.
Há sentimentos e emoções que não se esquecem, há a vontade de repetir o mesmo
erro porque foi um [erro] que valeu a pena, apesar das circunstâncias todas.
Claro que não vai haver a tal “fase da descoberta”, porque essa já se passou,
mas durante o intervalo que houve e que, efectivamente, me mudou também houve um período de inovação do
caminho. Ele cresceu, definiu-se ainda mais. Tornou-se mais viável, algo que no
passado não era. A surpresa de descobrir o que mudou é o que me fascina.
Contudo, valerá mesmo a pena passar mesmo sítio e mirar algo que já conheço na
sua grande maioria?
Depois, existe o novo caminho. Esse que o trilho ainda está longe
de ser descoberto. Parece que sempre que tento percorrê-lo, fico pela entrada.
Não consigo avançar. Não porque eu não quero, mas o caminho não me deixa.
Parece que existe uma barreira fictícia que me faz ficar no mesmo lugar… Uma
barreira que retém toda a minha vontade de conhecer o desconhecido. Ainda
assim, eu sei que se fizer por isso, vou conseguir avançar e conhecer o que
quero. Se apareceu na minha vida este novo caminho, então por alguma razão foi,
certo? Não…? Não percebo nada de construções, contudo creio que se a barreira
me deixasse, iria construir algo. Algo que bem podia ser incrível aos olhos de
quem visse ou comovente a quem eu deixasse tocar. Podia ser isso e muito mais.
Mas, não depende só de mim.
Ambos os caminhos têm que ter sinais para que eu possa
interpretá-los e (re)conhecê-los. Algo que me dê certezas e não me deixe na
dúvida por que direcção tomar. Algo que… Que… Bem… É isso! Algo que me dê algo.
Preciso de um caminho que me dê o que preciso e não o que eu acho que irei
precisar. O que me interessa é o Presente, o Futuro é tão incerto que nem vale
a pena tê-lo como opção. Muda tanto, sofre tantas metamorfoses ao longo do
tempo que o que ontem era considerado um trilho fiável, hoje já é uma estrada
interrompida.
Vou tentar traçar um mapa que me leve ao melhor caminho.
Tentarei arranjar as melhores ferramentas para tal e vou rumar ao desconhecido
(ou não).
Porque é que os caminhos são tão difíceis de escolher?
Rush
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