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O Teu Lugar

[NOTA: Este texto é uma sequela do Até que a morte nos (re)una]

Era suposto estares aqui comigo. A uma hora destas da noite e eu sem ti. Pelos menos, fisicamente...

 Mas eu sei que o que nós tínhamos não era suposto ser algo que existisse no plano térreo, mas sim algo que respirasse para além disso. Algo que não se explicasse cá, mas lá! Alimentado pelas nossas almas - que juntas eram uma só; mas também pela força do nosso Amor. Havia qualquer elo de ligação entre nós que não era deste Mundo. Aliás, não conseguia pertencer a nenhum Mundo... Excepto ao nosso.

 Partiste mais cedo do que era suposto e nada disso estava planeado... Não por nós, mas pelo Destino. Esse sim é que deve ser o culpado. Malvado que és!

 Estou deitada na cama, são 4h da madrugada e as insónias apoderam-se de mim. Horrível sensação esta que me toma a alma e a enfraquece cada vez mais. Eu não posso deixar que isto aconteça. Virei-me para o lado e apercebo-me que, agora, divido a cama com alguém. Não é o amor da minha vida - porque esse é o teu lugar - mas é o meu companheiro de vida. Um muito bom por sinal! Ele pode não ser o que eras para mim, contudo sou feliz. Por tantas razões e mais algumas, mas há uma que se destaca: ele compreende-me, perfeitamente, pelo menos nesta fase das nossas vidas. Enfim... É um bom companheiro.

 Agora que reflicto sobre isso, as tuas visitas têm-se tornado cada vez mais raras. Talvez, porque também sentes que estou bem... No meu lugar. E tu encontraste estável no teu. Não digo feliz, porque a felicidade encontra-se quando duas almas se juntam e eu, neste momento, estou aqui. Debaixo dos cobertores, a pensar e tu estás aí, algures acima das nuvens.

 Eu acho que cada um de nós pertence onde temos que pertencer.

 Embora esteja feliz, peço-te um favor: reserva-me um lugar... Ao teu lado.

Rush


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