Tenho algo para te contar. Posso começar com uma pergunta?
Se a tua resposta for afirmativa, vou avançar.
Ok… Cá vai: E se eu achasse que o que sinto por ti, não é só
amizade? Estaria talvez a investir na relação mais improvável do Mundo. Mas… E
se acontecesse? Afastarias-te de mim?
Eu espero estar só confuso. Espero que o sentimento que
nutro por ti, seja confusão. Espero que o muro que construí à volta das minhas
vivências e sentimentos não se desmorone e que eu me mantenha fiel às minhas
convicções. Espero isso tudo. Espero também o contrário.
Eu não queria. Aliás, eu não quero pensar que isto seja até
real. O meu desespero começa a preocupar-me, quando me questiono se o que sinto
por ti é e sempre será amizade. Não queria estragar o que vivemos e temos
guardado para trás, da nossa maravilhosa e única amizade. Mas, durante estes
meses todos em que estive afastado de ti, eu senti falta. Senti mesmo muita. Senti
tanta que não sei mais o que sentir em relação a isto. Desculpa, a isto não.
Respeito-te e respeito-nos imenso para classificar o que temos, como “isto”. A
nossa relação… Seja ela de que tipo for!
Que espécie de crise é esta? Crise esta que me faz pensar em
ti numa maneira que nunca pensei em pensar. Mas certeza há só uma: nunca digas
nunca. Eu disse… E errei. Por completo. Caramba! O que se passa comigo? O que
se passa contigo? O que se passa connosco?
Há sentimentos e sentimentos. Há dias e dias. Há pessoas… E
bem, Tu. Marcaste sempre a diferença na minha vida. Qual o porquê de agora ser
assim?
Jamais precisei de te contar seja o que fosse da minha vida,
sabes porquê? Porque viveste tudo comigo. Sempre do meu lado. Pensei sempre que
vivi o verdadeiro amor com pessoas que tu própria conheceste e conviveste e…
Agora acontece algo como isto? Como?
Havia uma intimidade especial entre nós, isso é certo e
sabido. Sempre houve e mesmo que queiramos negar, sempre haverá. Então, porquê
mudar isso se estava tão perfeito? Achas que de outra maneira resultaria?
Sempre tentei delinear ao máximo os aspectos da minha vida,
sempre mesmo e tu sabes disso. Fui correto e justo comigo próprio. Conheci-me. Resolvi-me.
Amei-me da forma que era… ou que sou(?)! Não tive medo de aceitar o “novo” e
descobrir o amor – fosse com quem fosse. Mas e agora?
O que achas disto?
E agora…? Queres jogar este jogo comigo?
Vem, por favor.
Rush
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