Tarde fria. Porto. Café. Conversa(s). Sorrisos
envergonhados. Foi assim…
Não há muito para contar, mas gosto de pensar cada
acontecimento – por mais insignificante que seja – marca-me de uma maneira ou
de outra. Gosto de me sentir interessante aos olhos de alguém… Aliás, quem não
gosta?!
O ano está a acabar e tudo o que faço é fazer um balanço de
como correu 2014. Sim, foi a partir desta conversa de café que o fiz! Apesar de
ter vivido episódios “menos bons”, os que realmente me marcaram foram os muito
bons. Eu conheci pessoas que me irão marcar para a vida e falo mesmo seriamente
no que toca a isto. Acho que se conheci certas pessoas e vivi certos momentos –
sejam eles bons ou nem tanto – o que prevalece, no final disto tudo, é que
aprendi. Aprendi que nem tudo o que imaginámos acontece; que nem tudo o que
esperaríamos que fosse acontecer acontece. E a vida é assim: uma sucessão de
acontecimentos desesperadamente esperados e que nunca acontecem e de outros que
imprevistamente acontecem. É a lei da vida… É a simbiose do Karma, mais o
Destino e uns “pózinhos de Sentimentalismo” que dão sabor à única condição que
temos garantida, durante este período que pelo qual nos faz andar por aqui –
estarmos vivos. Só depende de nós aproveitar ou não esta condição.
Mas aparte disto tudo, cresci. Claro que me magoei imenso.
Que houve alturas de desespero e chorei
desalmadamente. Que houve ainda outras alturas que ri até não puder mais. Tive
que me levantar e sarar as feridas, tive que pôr um sorriso na cara e mostrar
quem é o mais forte. Tive que bater muito fundo, para perceber o quão
importante é emergir da profundidade escura do mar da tristeza.
E foi nisto que reflecti daquela conversa, com aquela pessoa
que só me surpreende. Eu não sei defini-lo. Não sei explicar se o que me
intriga nele é a parte misterioso envolta dele e que só me fascina e faz querer
saber mais e mais, se é o facto de ele me fazer falar e querer mostrar-lhe
tudo, para que me possa tornar o mais transparente possível. Mas claro… Há um
medo que ganhei em 2014. Ganhei não, creio que já o tinha e “ganhei mais medo
ao medo” – confiar nas pessoas. Tenho medo de tudo o que se aproxima de mim…
Não me quero expor demais e depois, perceber que só fiz errado. Que até agora
só errei em confiar em quem não devia. Magoei-me por causa disso e não quero
voltar a repetir o erro. Porque quem sofre, no final de tudo, sou eu e sempre
eu. Sou eu que fica a lembrar tudo o que os outros já esqueceram e sou eu que
sente a dor das mais possíveis e imaginárias maneiras de sentir. Sou eu que
fica com a tristeza e não deve ser assim… Não deve, porque se há algo que
também aprendi foi que devemos gostar de nós. E eu gosto o suficientemente de
mim para perceber o que mereço e o que devo rejeitar logo no primeiro impacto.
São escolhas que temos que fazer, são aceitações ou
rejeições que temos que ponderar se no final da corrida, quisermos chegar ao
pódio e felizes connosco. Óbvio que também com os outros, mas NÓS sempre em
primeiro!
Há algo que me diz para ceder com ele. Há algo nele que me
faz querer confiar cada vez mais. Há algo nele que me fascina. Há algo nele que
me assusta.
Eu não sei, nem sequer imagino onde é que isto irá parar,
mas de algo eu tenho a certeza, é que vou aprender muito com ele. Resta
descobrir de que maneira é…
2014 mostra-me que ainda posso finalizar este ano da melhor
maneira… Por favor.
NOTA: Obrigado aos meus leitores que me acompanharam este
ano. Obrigado pelas críticas. Espero que 2015 seja um óptimo ano para todos e
que continuem a crescer comigo nesta aventura da vida! Desculpem os clichés,
mas eles também fazem parte. Mais uma vez, um grande OBRIGADO!
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