É mentira… É tudo mentira.
Não é o tempo que cura as feridas e sara as cicatrizes, são as próprias
pessoas que sofreram (e muito!) que se têm que curar a si próprias.
Não… não há uma “fórmula invencível” ou “ritual” que apague
as memórias. Há sim algo que todos devemos ter – amor próprio. Eu sei que me
estou a tornar repetitivo com este tema, mas é algo que não controlo… Eu não
controlo as minhas “crises”. Eu não me controlo quando estou com ele. Eu não me
controlo em relação ao sentimento (fortíssimo) que nutro por ele!
E é verdade… O inevitável aconteceu! Tu viste-me. Eu vi-te.
Falámos. Foi estranho… Muito estranho. Foi doloroso também. Aliás, bastante! Foi
horrível o facto de sentir que para mim nada mudou, tu ainda mexes comigo.
Ainda me deixas a tremer das mãos e com a voz a falhar sempre que tento
dizer-te algo. Mas tu… Tu apagaste-me como se apagam ficheiros do computador.
Rápida e instantaneamente. Mas como?! Como és capaz disso? Como és capaz de
esquecer aquilo tudo que se passou para trás? Eu, por um lado, menti. Não me
consigo conformar com a ideia de que já ultrapassaste tudo – aliás, ultrapassaste-me
– e estás com outra pessoa. Estou feliz sim, por estares feliz… Mas claro,
porque não és feliz comigo?
Em que é que eu errei? Talvez no facto de ter dado demasiado
de mim, em algo que nunca te fez mover uma palha que fosse. Eu sinto que
durante 5 meses, fui um brinquedo nas tuas mãos! Tu usaste-me. Tu abusaste de
mim. Tu mataste-me por dentro.
Mas porquê?! Porque é que eu fico sempre a recordar aquilo
que já esqueceste?! Não é justo. A vida devia ser como um jogo. Na verdade, tu
fizeste “disto” um jogo em que quiseste sair vencedor. Já agora, qual foi o
prémio? Deixar-me mal? PARABÉNS, conseguiste. Palmas para ti e para a tua
ironia… E para a tua estupidez… E para o teu sorriso lindo… E para os teus
olhares profundos. E… E… E… E eu não paro de pensar em ti. Eu tenho que parar!
Tenho que me curar de ti. Sobretudo, tenho que ultrapassar e aceitar que tudo
isto não passou de uma experiência. A vida é feita delas e eu mereço continuar
a tê-las. Eu mereço melhor que isto… Não achas? Sinceramente, só te ficaria bem
concordar com o que acabei de questionar. Porquê? Fácil. Porque tu melhor que
ninguém sabes que eu estive lá… Às vezes, até demais comparando contigo.
Digamos que foste um fantasma e eu um corpo bem presente na nossa relação.
O caminho é para a frente, sempre me disseram isso. Mas o
que fazer quando existem obstáculos do tamanho dos monstros gigantes da nossa
mente? Eles assustam-me, fazem paralisar de medo, conseguem pôr-me irracional.
E eu tento… Eu juro que tento não ceder, mas há alturas em que é inevitável não
“afundar”, de vez em quando. Sinto que tenho uma âncora presa aos meus pés e
que não me consigo soltar. A respiração torna-se fraca. A pulsação baixa a cada
segundo. O medo mergulha-me com uma intensidade incrível. Eu deixo-me ir. Com
muitos medos. Com muitas inseguranças. Com uma escuridão que me faz cegar e não
ver a saída. Mas eu acredito que vou emergir. Seja de que maneira for, eu vou!
Eu vou, porque tenho um futuro brilhante à minha frente – se assim, eu o
quiser. Eu vou lutar… Não por ti, óbvio. Mas pela pessoa que mais merece o meu
respeito e amor – EU!
Vou-te tirar do meu pensamento, arrancar as memórias que
ainda tenho coladas à parede do meu quarto – o antigo “refúgio” nosso. Vou
emergir das águas profundas e mostrar o valor que tenho.
Aliás, que sempre tive
e nunca mostrei. É agora… O presente é agora e eu tenho que fazer por ele,
senão quem me garante esse futuro tão promissor?!
Desta vez, não posso falhar.
Believe in Yourself
Rush
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