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Acabou?

 Acabou? Foi assim que planeaste desde o início?

 E as promessas de que estarias comigo, independentemente de tudo? E os planos que fazíamos, sem querer pensar muito no futuro, mas eram inevitáveis…? Isso tudo foi levado com o vento… Tal como tudo o que me possas ter dito. Eu questiono-me acerca de tudo, neste momento. Era mesmo real aquilo tudo que passamos e os sentimentos que (supostamente) foram nutridos, dia após dia? Pelo menos, da minha parte.

 Não sentes saudades? Não sentes nostalgia? Não sentes vontade de voltar atrás no tempo?!
Vejo uma fotografia nossa e sinto-me mal. Péssimo, aliás! Com ela, eu consigo lembrar-me de mil e um momentos que passámos… Juntos!

 O que nós tínhamos era tão único, tão puro – que eu imaginava-nos como duas gotas de chuva, daquele dia chuvoso em que nos beijámos pela primeira vez. Duas gotas que se fundiram… Duas gotas que acabaram por se separar... E, aparentemente, sem razão alguma. Ao menos, achas que - algum dia – irás conseguir dar-me uma explicação? Lógica, espero.

 Afinal, sempre era verdade quando eu dizia que gostava mais de ti, do que tu de mim… E ironia das ironias, tu acabavas sempre por concordar! Não percebes? Isso magoava-me… Quer dizer, magoa-me, ainda mais agora. Magoa-me pelo facto de que, há uns meses atrás, lembrar-me de ti fazia-me sorrir… Agora, pondero em fazê-lo. Senão sorrir, ver-me-ás a chorar. É muito mau chorarmos por algo que, um dia, nos fez sorrir muito. É mau demais! Capaz de matar alguém por dentro… Tu matas-me por dentro. Mas também podes ser a razão pela qual me pode relembrar de viver, se quiseres.

 Antigamente, as mensagens de madrugada – enviadas por ti - eram das melhores coisas que eu podia receber! Faziam-me sorrir tanto, que eu perdia completamente o sono e ficava horas e horas a reler as tuas palavras. Atualmente, as mensagens durante a madrugada - que te envio - são o reflexo da solidão em que me encontro, sempre que acordo a meio da noite e fico a relembrar a imagem de ti, ignorando-me na rua, ao mesmo tempo que caminhavas com amigos.

 Todos os dias, sem exceção de nenhum, pergunto-me: e agora? Acabou? Assim desta maneira tão estúpida? Sem despedida ou porquês. Apenas frieza e lágrimas – e não necessito de mencionar de que pessoas elas são provenientes.

 Qual é o meu problema? Bem, essa fácil! Gostar mais das pessoas do que mim próprio. Eu nunca fui de gostar muito ou pouco… Eu amo ou, então, detesto. Simples. Mas, tenho que arcar com as consequências disso. Tenho que sofrer, talvez o dobro do que alguma vez pudeste sofrer por mim. Tinhas razão, as pessoas são diferentes. Muito até! Certamente, tanto ou mais para haverem pessoas que numa relação poderão dar 100% de si… E outras 200%!
É a tal diferença de “gostar muito” e “amar” alguém.

 Eu continuo a não perceber algo… Como é que se pode deixar de se preocupar com alguém em quem nós confiámos e preocupamos tanto, da noite para o dia?! Tenho duas teorias: ou nunca gostaste de mim, ou então és muito bom a esquecer as melhores coisas que alguma vez te podiam acontecer – numa determinada altura da tua vida. Por isso é que não consigo dar ouvidos às pessoas que se preocupam realmente comigo e me dizem para parar de sofrer por alguém que não está a fazer nada por merecer cada lágrima que deito por ti.

 Porquê…? Mas porquê?

 Alguma vez me poderás explicar? Alguma vez conseguirás olhar-me, mais uma vez, nos olhos e ser sincero comigo?

 Não sei se te recordas, mas foi contigo que a autoconfiança voltou. Foi também contigo que a felicidade reinou. Foi por ti que com sentimento alguém chorou. E agora? Repito: acabou?

 Construímos uma relação em alturas menos positivas das nossas vidas e foi isso que pode “cimentar” tudo aquilo que podemos construir daí em diante. E foi por isso que continuamos firmes, um com o outro, até certo dia. Até ao dia em que as nuvens cinzentas acabaram por aparecer e conseguir tapar a luz que abrilhantava ainda mais o brilho dos teus olhos e o teu sorriso ficava ainda mais lindo com isso. Vês? Eu no meio de tanta confusão e tristeza, ainda consigo recordar coisas boas. Coisas positivas que me ensinaste e eu a ti. Coisas que eu nunca irei esquecer. Porque tu marcaste-me… De uma forma que ninguém tinha marcado até então.

 Mas a vida é um ciclo. A vida dita palavras bonitas de se escrever e lindas de se pronunciar, nas páginas das nossas vidas e dessa forma, os capítulos em que entraste foram os melhores. Mas quando te foste embora, a tristeza veio… E estragou a imagem de felicidade que, aos poucos e poucos, fomos ditando nos livros das nossas vidas.

 Desde então, tenho pensado em vários pedidos pra te fazer: tira-me deste ciclo de tristeza, vicioso e destruidor. Devolve-me os sorrisos, os abraços, as palavras reconfortantes, os beijos, as trocas de olhares que contigo fazia e me sentia confortável, como nunca me tinha sentido com ninguém.


 Portanto, volta! Volta e traz contigo isso e muito mais… Traz a felicidade. Traz o “yin” para o meu “yang”. Traz carinho. Traz preocupação. Traz o teu calor. Traz o teu amor. Traz-te! 

Rush


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