Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

Eles sabem

[Dedicado àqueles que sabem muito bem quem são, mas que não querem admitir.]  Nós éramos os melhores. Éramos mesmo! Em todos os sentidos. Como é que é possível não recordar isso?  Pois, eu lembro-me. De tudo. Literalmente… Como se fosse ontem. Ou melhor, até foi mas metaforicamente. Não sei como, ou quando, ou até porquê que não continuamos esta caminhada juntos.  As promessas feitas e as conversas tidas não davam indícios disto. Desta separação definitiva. Deste apagar das melhores memórias que eu alguma vez tivera.  Dou por mim a recordar - nas muitas madrugadas em que fico acordado – em tudo o que vivemos. Não sei se ria a recordar das conversas de café ou se chore a relembrar as surpresas que fazíamos uns para os outros.  Incrível como nos lembrávamos sempre de tudo o que estivesse relacionado com a vida de cada um. Talvez, porque não acho que tínhamos – entre nós – uma simples relação de amizade, claro que também a tínhamos. Mas não era só isso. No fundo, éramos como uma se

1/3

  E voilá , um terço do percurso foi (quase) cumprido. Não digo a 100%, mas talvez a 93%...  Foram uns meses interessantes, no mínimo. Aprendi muito, sobretudo sobre mim. Eu sabia que conseguia adaptar-me nos vários contextos em que me insiro, ao longo da vida, levasse o tempo que levas. Mas, nunca pensei adaptar-me a algo ao ponto de me sentir completamente integrado em algo. Não é simplesmente um grupo de amigos, ou no ambiente académico que frequento, mas sim à harmonia toda em volta desse conjunto.  As pessoas são excepcionais, desde colegas a verdadeiros amigos. Claro que os segundos mencionados, começaram por colegas… E o tempo foi ditando e fortificando essas relações. Hoje, são pessoas que quero levar para a vida inteira. Não quero e aliás, recuso-me a aceitar e conformar-me com a ideia de que quando a faculdade acabar, nunca mais os vou ver. Não quero isso! Quero sim, tê-los comigo. Quero que eles acompanhem a minha vida e eu a deles. Que os nossos percursos uma vez

É tarde...

 Agora é tarde e devias ter tentado. Tentado falado comigo, olhar-me nos olhos, dar-me um abraço. Sentir a tua respiração no meu pescoço, enquanto me pedias desculpa. Desculpa por teres feito tudo e, igualmente, teres feito nada.  Mas eu prometi-me a mim mesmo: irei curar-me. Passaram-se largos meses… Meses se passaram, sem que não passasse um dia em que não me lembrasse de ti. Todos os dias, acordava e não sei porquê – ou melhor, sei! Sei, porque me magoou muito. Magoou tanto que nunca irá desaparecer a ferida. Deixaste a tua marca e isso nem sempre é bom. Mas, chegou um dia em que acordei e nada. Não foste o primeiro pensamento que tive, nem mesmo o segundo. E já para não falar do terceiro. Foi como se tivesse apagado tudo da minha mente e tivesse deixado ficar tudo aquilo que não me fazia mal. Aquilo que não me destruía. Aquilo que eu um dia mais amei e hoje, não quero nem consigo me recordar disso.  As memórias estão lá. Guardadas. Ainda assim, não as quero relembrar. Não

Preto, uma cor feliz

Faz hoje, exatamente, uma semana que trajei oficialmente pela primeira vez. Uma semana que senti mesmo o que a Faculdade nos pode trazer. Não me refiro somente ao conhecimento que, obviamente, cultivámos durante todo este tempo pelo qual lá andámos, mas ao que construímos durante esses magníficos anos. As amizades que se criam, sejam onde for, serão sempre uma parte importante de algo. Neste caso, a minha vida académica está a presenciar amizades que espero mesmo que durem para o resto da minha vida pessoal. Começámos todos com sorrisos envergonhados (ou melhor, uns menos que outros), contudo acabámos por nos tornar muito próximos. As conversas que aconteciam – unicamente – nas aulas, acerca da matéria estudada prolongaram-se para fora dos portões da Faculdade e os temas variaram-se cada vez mais. Os sorrisos envergonhados passaram para verdadeiras gargalhadas. Os cumprimentos com dois beijos na face, viraram abraços longos e bem apertados! A informação básica que conhecera nas pr

Para a minha irmã

Irritante. Distraída. Totó. Mas… É o meu orgulho. Este texto é provavelmente a metáfora mais fiel do sentimento mais puro que posso nutrir por alguém. Hoje – dia 19 de março de 2015 – faz 10 anos que alguém com um lugar muito especial e único na minha vida, nasceu… Sim, a minha irritante e irrequieta irmã. As palavras faltam-me e o discurso torna-se algo complicado de surgir. Como se escreve acerca de alguém que nos é tanto, que significa o mundo para nós, que é o motivo do nosso maior orgulho? Ela chateia-me imenso e existem momentos que simplesmente não a suporto… Mas ela é assim mesmo. Aliás, a nossa relação baseia-se nisso: a dicotómica relação “amor-ódio”. É impossível não ficar com um olhar brilhante quando escrevo acerca dela! Talvez a pessoa mais importante da minha vida, a mais única, a que consegue fazer emergir o meu lado mais irritadiço, como deixar-me o mais sentimental possível. Não há palavras existentes no dicionário que consigam traduzir fidedignamente este

Como uma flor poética...

 A vida é triste. Aliás, a vida é poeticamente triste...  E a poesia está em todo o lado! Até nas plantas. Até mesmo nesses seres vivos que parecem ser tão delicados - tal como os seres humanos.  Deparei-me a observar uma planta. E pensei... Pensei... E pensei novamente, nós somos como as plantas, passamos por vários ciclos na vida - tal como elas. As plantas são um "metáfora viva" de Nós.  Elas nascem, como pequenos rebentos que brotam no meio do orvalho que as vai alimentando, através da terra... Nós nascemos como pequenos corpos que aparecem da metafórica terra que é a nossa Mãe. Elas crescem e com o passar do tempo, tornam-se fortes. Como nós! Algumas folhas durante esse processo "amarelam" e tornam-se frágeis ao ponto de caírem... E quem nunca se sentiu assim? Quem nunca se sentiu mais frágil e a cair? Mas depois, recuperam. Arranjam nutrientes por meio da fotossíntese e sobrevivem. E nós devemos ser assim também! Devemos sair à rua, ver o sol... Observar

Conversas de café

  Tarde fria. Porto. Café. Conversa(s). Sorrisos envergonhados. Foi assim…      Não há muito para contar, mas gosto de pensar cada acontecimento – por mais insignificante que seja – marca-me de uma maneira ou de outra. Gosto de me sentir interessante aos olhos de alguém… Aliás, quem não gosta?!   O ano está a acabar e tudo o que faço é fazer um balanço de como correu 2014. Sim, foi a partir desta conversa de café que o fiz! Apesar de ter vivido episódios “menos bons”, os que realmente me marcaram foram os muito bons. Eu conheci pessoas que me irão marcar para a vida e falo mesmo seriamente no que toca a isto. Acho que se conheci certas pessoas e vivi certos momentos – sejam eles bons ou nem tanto – o que prevalece, no final disto tudo, é que aprendi. Aprendi que nem tudo o que imaginámos acontece; que nem tudo o que esperaríamos que fosse acontecer acontece. E a vida é assim: uma sucessão de acontecimentos desesperadamente esperados e que nunca acontecem e de outros que imprev